A vida dos índios Guaicurus

havia decerto tomado as suas providências para voltar a tomar conta da sua Aldeia, seguido de todo o seu pessoal, isto é, de todos os membros que compunham a mesma.

Eis aqui, após a partida de Jhivajhãá, o que havia acontecido:

O jovem Guaicuru, camarada na fazenda Santo Antônio, depois de ter alertado a gente da Aldeia do Tigre, alerta confirmado e renovado pelos dizeres dos dois bugres da mesma aldeia que haviam surprehendido e descoberto, por acaso, o pouso do destacamento que vinha pelo campo, ocupou-se em observar todos os movimentos dos dois grupos armados, ajudado nisso por dois outros bugres que se haviam agregado, obedecendo assim às ordens que lhe havia dado Jhivajhãá, e comunicou o que se passava à gente da aldeia do Niutaque, de quem conhecia o escondedouro.

Sem a decisão resoluta e audaciosa desse jovem rapaz, apoderando-se de um cavalo e fugindo escondido para dar o alarme aos seus do Morro do Niutaque em primeiro lugar, a surpresa do assalto teria logrado o seu objetivo e feito dele uma terrível hecatombe.

Neste caso teria sido provável também que o Capitãozinho, voltando da sua caçada sem desconfiança, caísse, ele mesmo, debaixo das balas da soldadesca.

Mas bem cremos pelo que se dizia de boca a boca na época - e a alta voz mais tarde - que havia ordens para não aprisionar a ninguém, salvo, talvez, algumas mulheres e crianças.

No segundo dia do seu desembarcamento em Santo Antônio o destacamento, depois de haver recebido os cavalos que foram buscar ao retiro São João, chegou neste mesmo retiro, na tarde do mesmo dia.