A vida dos índios Guaicurus

brutal, duro, e segundo os casos ou as circunstâncias, até grosseiro, e a suas tendências inatas que a vida silvícola têm criado nele e que um longo atavismo tende a perpetuar, para conservar à raça e à tribo todas as suas características: vícios, defeitos, qualidades físicas e morais e todos os seus atributos psio-fisiológicos que distinguem todos os seus membros das raças civilizadas, de quem os índios diferem essencialmente, em certos pontos, pela sua mentalidade tal qual esta se apresenta ao nosso exame.

E, não se podem real e exatamente julgar senão com a condição de falar e possuir muito bem o seu idioma e de haver co-habitado certo tempo com eles, misturando-se, incorporando-se na sua vida em todas as suas ocupações e afazeres.

Na vida em comum que levam os índios — temos sempre em vista os Guaicurus — estando as suas necessidades muito limitadas, o pouco que cada um faz, segundo as suas forças, os seus meios e as suas aptidões, aproveita a comunidade, toda a tribo; mas em primeiro lugar, se é adulto casado, é para a sua família.

O sobressalente — se o houver — em nenhum caso constituirá uma reserva que um egoísmo estreito, mas algumas vezes obrigatório em certas sociedades civilizadas, por causa dos costumes, dos vícios e das paixões que dominam os indivíduos, encoraja geralmente e mesmo torna-se obrigatório.

Todos os membros da tribo desse excedente poderão aproveitar.

Este sistema social parece maravilhoso para evitar que alguns sejam sujeitos a privações, quando outros se achem na abundância e nadem no supérfluo.

Na tribo, nenhum dos seus membros tem podido achar ainda em sua loquacidade, em sua eloquência e por meio