Meus companheiros, com Joãozinho, desde o princípio haviam reconhecido a cilada que logo eu também advinhei.
Porque nas caçadas de veado, tinha já visto empregar meios quase análogos.
O caçador escondido debaixo de um ponche de baeta vermelha, ou bem atrás de uma ou duas folhas de palmeira que leva e mantém na sua frente, vai-se aproximando.
Não obstante, o estratagema dos Guaicurus interessou-me muito e eu fiquei admirado por ver até que ponto aquela touceira movediça que avançava lentamente, e de mais a mais, fixava a atenção e tanto parecia intrigar aqueles curiosos cervídeos.
Os veados, longe de se assustarem e de fugir, andavam, ao contrário, aproximando-se, como para ver melhor e penetrar o mistério, o porquê de um fenômeno nunca visto.
Os cervos também ansiosos na sua curiosidade, tinham-se aproximado a boa distância de tiro de espingarda, porque só o Capitão Guazú-Acã estava armado de uma clavina velha — Remington modelo antigo — e os outros o eram com espingardas carregados com balas — estas espingardas eram antigos fuzis de pederneira transformados.
Os cervos estavam lá, parados, imóveis, olhando, escrutando.
A touceira mesma havia parado.
Apenas tinham decorrido alguns segundos quando ouvimos quase simultaneamente três estampidos, três tiros.
Dois cervos caíram mortos, o terceiro andou ainda alguns passos e logo caía também.
Os que não foram atingidos, bem como os veados, fazendo quase meia volta, fugiram numa carreira louca na parte oposta da queimada, e vieram passar não longe