Os cachorros nos haviam passado.
Ao sair do mato, o rastro continuava em outro campo limpo, que, entre a vegetação frondejante dos matos, tanto da direita como da esquerda, formava naquele lugar como um longo corredor.
Ao longe, os latidos dos cachorros não anunciavam ainda a descoberta da fera.
Havíamos percorrido perto de 4 quilômetros — com as voltas forçadas, e o rastro penetrava agora na mata.
Tivemos bastante dificuldade para prosseguir em nossa marcha a cavalo. Dois homens apearam, puxando seus cavalos pelo cabresto e com seus facões abriram uma passagem.
A mata estendia-se no flanco de uma cuchilha e descia do lado oposto num declive muito mais pronunciado, para chegar a um regato.
Neste momento, ao longe ainda, os latidos da cachorrada não deixavam mais dúvida, o bruto estava acuado.
Era preciso andar depressa e sem perder tempo.
Atravessamos logo o pequeno regato cujas águas cristalinas corriam numa lage de pedra arenosa — grés — e continuamos nossa marcha apressando os cavalos.
Sempre a mata apresentava o mesmo aspecto, às vezes espessa e apertada, emaranhada por numerosos cipós e trepadeiras, que nos atrasavam bastante; às vezes, mais rala. Seguimos assim na direção de onde vinham os latidos, ainda dois quilômetros pelo menos, por causa das voltas.
O declive do terreno fez-me crer que íamos descendo para chegar a outro arroio.
Aproximávamo-nos. Os cachorros nos tinham ouvido e pareciam redobrar os seus latidos.
Foi preciso para chegar abrir uma picada com o machete, e todos apeamos.