O Sol agora tinha entrado. Mas estávamos nos aproximando.
Logo atravessamos o último capãozinho de mato que nos separava da queimada.
Varada esta, não faltavam mais de que uns quinhentos metros a percorrer até o pouso, onde chegamos com a noite.
Todos os meus companheiros estavam contentes e alegres.
Coloquei-me também no mesmo diapasão, porque minha satisfação era tão grande como a deles.
O meu maior anhelo, que era de caçar onças, acabava de realizar-se num momento em que as minhas ideias estavam absorvidas por outros pensamentos muito diferentes.
A nossa jornada havia sido feliz e fértil.
Os índios, por seu lado, porque haviam feito uma linda e copiosa provisão de carne, e eu mesmo, porque tinha ganho uma magnífica pele de tigre.
Por costume, eu digo sempre tigre, quando deveria dizer onça: apesar de que o Joãozinho diz como os guaranis La yaguarété.
Podíamos voltar de manhã à aldeia. Havendo sido muito favorável a caçada desse primeiro dia, teríamos podido considerar-nos muito felizes e grandemente satisfeitos; mas já que estávamos nesse lugar de caçadas, nos veio naturalmente o desejo de aumentar ainda o número das nossas presas.
Decidimos então renovar o que havíamos feito na manhã anterior; se por acaso achássemos de novo caça grossa na queimada, e caso contrário, faríamos com os cachorros uma batida nos matos dos arredores.
Assim, poderíamos ter a possibilidade de levantar antas ou porcadas.