Tivemos logo acabado de selar e de arrumar na garupa a nossa leve bagagem. Os bugres levando dela o mais volumoso e mais pesado.
Montamos a cavalo.
Os índios já estavam prontos e em sela.
Pusemo-nos em marcha.
Depois de haver percorrido mais ou menos uns duzentos e poucos metros, paramos diante de um grande corrixo muito fundo, ou, antes, de barrancos altos, mas parecendo ter pouca água.
Os índios queriam beirá-lo para despontá-lo (42)Nota do Autor em seguida.
Naquele momento perguntei ao meu jovem companheiro se ele queria seguir-me. Mostrei-lhe a direção onde se achava o Rebojo Grande, e propus-lhe dirigirmo-nos cortando em linha reta no rumo que eu acabava de indicar-lhe como devendo ser o caminho mais curto; mas devendo também neste caso forçar e atravessar todos os obstáculos que íamos encontrar e que sem dúvida se apresentariam a nossa frente, conquanto naturalmente que não fossem intransponíveis; isto para não desviar da boa direção e também para não perder-nos, ou melhor, para não alongar o nosso caminho, a única coisa que se podia temer.
A minha proposta era das mais audaciosas e atrevidas e mesmo era realmente temerária.
No momento eu não a encarava assim nem a julgava tal.