A vida dos índios Guaicurus

Exposta e bem explicada aos bugres que conheciam perfeitamente toda ilha, eles não quiseram aceitá-la.

Joãozinho e o Capitão Guazú-Ãcã falaram entre si, mas pareciam opor-se à minha ideia.

Mostraram-nos mil dificuldades. Propunham-nos o contrário, uma direção na qual seria possível andarmos livremente, sem nenhum empecilho. Queriam ir pousar em certo lugar deles conhecido. Para chegar ao Rebojo Grande dessa maneira, teria-se necessitado ainda mais um dia e meio.

Era ao nosso ver uma volta muito grande e quase, de princípio, dar as costas ao nosso objetivo, e à nossa viagem de volta uma duração de dois dias e meio, pelo menos, quando pretendíamos realizá-la em linha reta em um dia e meio, quando muito.

Não quisemos, por nossa parte, entrar nas vistas dos bugres, e o meu companheiro, pendente fortemente para minha ideia, fez que me tornei mais tenaz e mais teimoso.

Não havia podido convencer Joãozinho a decidi-lo, ele e os seus companheiros, com o Capitão Guazú-Ãcã, a seguir-nos no rumo que queríamos tomar e no qual insistíamos em seguir.

Sem bem perguntar-nos e sem procurar compreender quais eram as razões e os motivos que tinham os bugres por não quererem acompanhar-nos, meu companheiro e eu decidimo-nos, sem mais insistir em por o nosso projeto a execução, e logo lançamos os nossos animais no corrixo, ainda que os índios, vendo isso, se foram em seguida na direção de sua escolha.

Pela primeira vez os bugres não quiseram obedecer-me e não quiseram acompanhar-nos.

Como nós, eles insistiram na sua teimosia sem querer anuir ao que parecia ser a nossa exigência.

Que razões tinham eles?