um campo estreito de uns sessenta metros, como pudemos averiguá-lo pela manhã.
A linha mais escura era um capão, cujo cimo das suas copadas frondescentes se perfilava no céu, com um tom apenas um pouco mais claro.
Depois de termos comido um pouco da matula que a dona da fazenda de Santo Antônio havia especialmente preparado para nós, e de que nos havia provido, repartindo-a em cada um dos nossos respectivos sapicuás, deitamo-nos.
Era perto de onze horas da noite.
Esta jornada de cavalo, de mais de 15 horas, sem parada alguma sem descanso algum, durante a qual, nas partes melhores do campo, havíamos forçado a marcha de nossas cavalgaduras, havia contudo fortemente provado a nossa resistência e também a de nossos animais; mas não tinha diminuído em nada o potencial da nossa energia.
* * *
Pela manhã, ou melhor, pela alta madrugada, talvez pelas duas horas, um de nossos cavalos se pôs a relinchar, e ouvimos logo como um curto galope quanto o comprimento da soga que os atava podia permiti-lo.
Levantamo-nos de súbito e, carabina na mão, estivemos aguardando, prontos para qualquer emergência ou acontecimento.
Uma onça, sem dúvida nenhuma, tinha-se aproximado e havia assustado os nossos cavalos.
Fomos perto deles. Estavam na extremidade da sua soga, de todo esticada, e a mais ou menos uns trinta metros das nossas redes. Eles tremiam de susto e de medo. Acarinhamo-los, falando-lhes, e ficamos esperando um momento perto deles.