A vida dos índios Guaicurus

Não havia mais que duvidar. Para nós, tínhamos com certeza caído na batida da nossa ida e devíamos estar muito perto do corrixo do Veado Gordo.

Efetivamente continuando sempre, nossa marcha para diante, porém seguindo agora os rastros impressos no chão, chegamos depois de um percurso de 700 a 800 metros, na margem do grande corrixo, antes da saída do sol.

Nosso pouso havia sido apenas a um quilômetro do ponto onde devíamos efetuar a travessia do corrixo.

Logo apeamos e reencilhamos os nossos cavalos dispondo tudo quanto queríamos evitar que se molhe, bem em cima da sela; e despindo-nos, fizemos um pacotinho de nossa roupa que cada um manteve na sua cabeça, e subindo a cavalo, lançamos os nossos animais no corrixo que foi prestemente atravessado.

E, sem modificar o nosso traje, percorremos assim, a cavalo, a distância que nos separava do outro braço do corrixo (1500 metros, mais ou menos). Como o primeiro, o atravessamos da mesma maneira e sem entrave nenhum, apesar dos numerosos camalotes e outras plantas aquáticas que cobriram em parte a superfície das suas águas; mas que haviam sido rompidas na ocasião da nossa primeira passagem.

Logo, na margem oposta, apeamos e vestimo-nos.

Depois de haver convenientemente e de novo reencilhado os nossos animais, íamos poder terminar o trajeto que nos restava para chegar à fazenda do Rebojo Grande.

Tínhamos examinado cuidadosamente as beiradas do corrixo no seu braço principal, supondo que os índios tivessem podido, por extraordinário, adiantar-se-nos. Mas não vimos nenhum sinal, nenhum rastro, o que nos convenceu