onde as mais pequenas depressões estavam cheias de água.Um pouco mais adiante, era o campo limpo, porém alagado, com 20 a 30 cm de água e com macega alta, onde muitas vezes nossas cavalgaduras chifrudas se atolavam, mas aguentavam muito bem, saíam-se dos atoleiros sem maiores esforços aparentes e conservavam sempre o seu mesmo andar lento e compassado; lento só em aparência.
Quanto aos cavalos, eles muitas vezes rodavam no lodo, mas levantavam-se por si sós.
Quanto mais nos adiantávamos, a água que alagava o campo tornava-se mais profunda, sinal de que os campos ficavam de mais a mais baixos. Depois de oito quilômetros,a camada líquida já alcançava 50 a 60 cm. Andávamos devagar.
De vez em quando, e agora mais frequentemente ainda, um cavalo caía atolado e emaranhado nas ervas. Era então necessário ajudá-lo a levantar-se.
Pelas 10 horas, chegamos diante de um braço do corrixo (3)Nota do Autor do Veado Gordo, que se acha a uma légua e meia da fazenda do Rebojo Grande (exatamente 9km900m) que tivemos de atravessar. Já pertinho de sua beirada, o terreno se havia erguido um pouco, ficava levemente mais alto e era seco.
A largura do corrixo tinha mais ou menos 20m. As suas águas desapareciam debaixo de uma camada de camalotes e outras plantas aquáticas.
Diante do obstáculo, paramos.
Maneco apeou do seu boi, apanhou um dos cavalos que selou. O seu pai fez o mesmo; e nós contentamo-nos em apear e esperar olhando.