margem, aonde chegamos sem incidente notável. Benevides nos havia seguido, montado no seu cavalo e puxando o do seu filho.
Sem perder tempo, nossos guias selaram rapidamente os bois. Os cavalos foram soltos, e observando a mesma ordem de marcha que d'antes, continuamos a viagem, sempre acompanhados dos três cachorros. Infelizmente, dois deles tinham deixado a cauda no corrixo.
Naqueles corrixos, formigam as piranhas, e estes perigosos peixes são temíveis não tão somente para os cachorros, mas também para os outros animais e mesmo para o homem quando ele se acha na necessidade de atravessar aqueles esgotos do pantanal.
Efetivamente os dois cachorros tiveram a extremidade do seu rabo amputado. Creio mesmo que um deles o teve assim encurtado por duas vezes, estando o pedaço que lhe ficava muito curto. É tambem o que acredita o seu dono.
Não perdemos mais de três quartos de hora. Para recuperar esse tempo, tocamos mais depressa nossos animais e também, com o fim de aproveitar da melhora do chão que fica alto e mais seco. Apenas um quarto de légua mais adiante (1550m) acha-se em nossa frente outro corrixo. Ele tem a mesma largura que o primeiro. Este é o verdadeiro corrixo do "Veado Gordo".
Na direção que vamos seguindo, cortamos os dois braços que o compõem e que se juntam um pouco mais abaixo.
Paramos novamente e preparamo-nos para recomeçar a operação que anteriormente tínhamos realizado com êxito.
A manobra era a mesma; porém, como não havia camalotes, nem outras ervas aquáticas, Maneco entrou logo no corrixo, seguido dos animais que acabavam