mão da nossa matula preparada que, além da carne para assar, levávamos conosco.
O tempo a Noroeste tornava-se feio. O céu estava carregadíssimo. Nuvens grossas e escuras anunciavam para breve uma chuva torrencial, uma verdadeira tempestade.
Comemos de pé. O chão estava demasiado úmido para assentarmos, e o nosso couro, mole, embebido de água, já não prestava para esse fim. Agora, para ser utilizado de novo, precisava de algumas horas de Sol.
Benevides e seu filho, concluído apenas nosso almoço, pegaram os animais para arreá-los; e logo, sem mais demora, pusemo-nos em marcha. O tempo mostrava-se ameaçador. Depois de uma meia hora mais ou menos, entramos num grande carandazal. Tivemos que moderar por força nosso andar. Precisava procurar os lugares menos fechados, a fim de que o boi de carga pudesse passar sem pegar-se aos troncos, o que era bastante custoso, e para nós mesmos andar sem rasgar a nossa roupa aos espinhos das folhas dos carandais novos, cuja altura é inferior a um metro e meio mais ou menos, que são muito numerosos, e se chamam "filhotes". Não se acabava de sair deste carandazal. E, sentia-se a chuva quase em cima de nós.
Nosso prático, seu Benevides, depois de um momento parou, ansioso, olhando o tempo, nos diz que julgava prudente não irmos mais adiante e que convinha suspender nossa marcha o quanto antes, tomar nossas providências contra a chuva e para passar a noite.
De acordo com ele, apeamos e desarreamos nossos animais.
Para amarrar as redes, os carandais são muito numerosos e mesmo o são demais. É preciso derrubar alguns para abrir um lugar. O chão está embebido de água e