quase não há capim. É uma prova de que o terreno é muito baixo. Armamos uma barraca, mas para dormir em rede e mosquiteiro, não há lugar nela senão para duas pessoas. Armamos então a outra barraca. Assim mesmo, nossa instalação não ficará perfeita se chover. E, decerto, a chuva vem. Ela está mesmo muito perto.
Um surdo rumor, vindo de longe, desde alguns minutos se fazia ouvir, e crescendo, ao aproximar-se, anunciava, pelo seu roncar, abundante aguaceiro.
A noite ainda não caiu.
Todos os nossos trens estão agora acobertados. Em cada barraca uma rede está armada, protegida pelo seu mosquiteiro.
Mas a água cresce do chão. Como vai ficar este, com essa nova chuva que vem?
Um trovão prolongado faz vibrar a atmosfera. Alguns relâmpagos sucedem-se rapidamente,logo seguidos por novos trovões muito mais violentos ainda. O ar é sacudido. A ronda da chuva que se aproxima cada vez mais, amplificada pelos estrondos do trovejar, já chegou até nós, e grandes e grossas gotas caem apertadas e com tanta violência que parecem pedras, ou mesmo setinhas.
Estamos bem abrigados felizmente. Nosso prático havia tido razão e por pouco que nos tivéssemos demorado, a chuva nos pegava desprevenidos.
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Ela caía a jorros e sem parar. Há mais de uma hora que começou e o tempo não parece querer melhorar.
Os carandais derrubados, cujos troncos foram recortados em pedaços de 1m50cm mais ou menos, serviam, nas barracas, a preservar da água a nossa bagagem colocada em cima.