Uma bebida qualquer, muito quente, um chá, seria para nós muito necessário.
Será preciso privar-nos do mate de costume? Com exceção, por uma vez não padeceremos muito da sua falta.
Do lado do nascente, vem aparecendo, branquejando, largas bandas. Maneco vai mudar os animais que se acham na soga do lugar onde passaram a noite.
Eles também a passaram mal, e muito pior que nós.
Se merecem porém alguma compaixão, têm sob este ponto de vista um treino para o mal estar que nós não temos.
No carandazal, todo o chão é coberto com 10 a 15 cm de água na qual temos que patinar por força, logo que metemos os pés fora da barraca.
Por fim, agora aí está o dia que nos aclara bastante para apresentar-nos um espetáculo pouco animador. Nossas redes, nossos mosquiteiros, nossos cobertores, nossa roupa, são impregnados de umidade; umidade fria cuja sensação desagradável fica aumentada por um vento sul.
Nós embuçamo-nos com nossos ponches úmidos também.
Ainda o vazio do estômago em que não se meteu nenhum alimento desde o almoço da véspera contribui muito para aumentar o nosso estado de fraqueza, agravado ainda pela péssima noite que acabamos de passar.
Contudo, convém reagir.
O tempo, pela sua aparência, se apresenta bem. O ceu está limpo. O vento sopra do sul, o que deixa prever que o dia será bom e bonito.
O sol emergiu do horizonte, sobrepondo algumas pequenas nuvens como que em estratificação apertada que