Pela marcha em que vamos, creio que não chegaremos pela tarde de hoje como havia afirmado o Capitãozinho.
Temos perdido muito tempo e os meus companheiros não demonstram pressa de chegar.
Paramos ainda, um pouco mais adiante, ao passar por um campo onde encontramos pequeno capão ralo, espécie de cerradinho, no qual dominavam as palmeiras "tubocaias" ou "mbocaytwas"- nome guarani e tupi dessa palmeira, do gênero "acrocontia - que os Guaicurus chamam "namoculi".
"Namoculi" é tambem o nome que os Guaicurus deram a um braço do rio Niutaque que se destaca da sua margem esquerda.
Ao "Namoculi", os bugres dão também o título de rio, embora não seja mais que um grande corrixo, onde se veem nas suas imediações numerosas palmeiras "bocaiuvas".
De novo os índios apeiam dos seus cavalos.
Eu os acompanho.
Eis que os dois bugres que levavam os machados começam a examinar as palmeiras.
Depois de cada um deles ter feito a sua escolha, meteram nelas o machado. Dentro de poucos minutos ouviu-se o ruído surdo dos seus troncos caindo no chão.
Em seguida cortaram o palmito e, mais abaixo um pouco, a cabeça a que chamavam "batata". Num comprimento de 70 a 80 centímetros, mais abaixo ainda, as palmeiras derrubadas tinham esta parte do tronco mais grossa, como inchada, isto é, mais desenvolvida, pois esta parte, depois de descascada ao redor, foi separada do resto do tronco.