Os outros companheiros comiam frutas maduras das mesmas palmeiras.
Quando acabaram de comer, amarraram aos arreios em cima dos seus cavalos as diferentes partes dessas palmeiras e todos, tornando a montar, andamos umas centenas de metros para parar outra vez diante e perto de um rêgo no qual corria um magro filete de água.
A fome apressava os meus companheiros. A ela eu não estava insensível; resentia desde um momento já os seus tirânicos apertos, mas ficava quieto, querendo deixar aos índios toda a iniciativa. Foi logo: um bonito e grosso pedaço de carne fresca, desta que trazíamos conosco, foi enfiada num espeto e colocada para assar à beira do fogo cujas chamas o chamuscavam.
A parte da palmeira que vem logo depois do palmito, isto é, a cabeça do mesmo, "a batata" - como queiram chamá-la - foi posta a cozinhar debaixo das brasas, junto com algumas raízes de mandioca.
Quando a carne ficou pronta, começamos nossa refeição.
Era o nosso almoço um pouco atrasado, visto que já se aproximavam as 4 horas da tarde.
Fora colocada a chaleira no fogo e, logo após o churasco, tomamos o chimarrão.
Por curiosidade, provei um pedaço da batata da palmeira assada. Não é ruim, não. O seu sabor aproxima-se do da batata doce; infelizmente, essa parte da palmeira é muito fibrosa e é preciso ter dentes e estômago de bugre para triturar e digerir um tal montão de fibras.
Depois do mate meus companheiros provaram a outra parte do tronco. Com os seus facões, raspavam-na de maneira a destacar as fibras e a matéria celular que as unia. A massa que resultava tinha o aspecto de uma