A vida dos índios Guaicurus

estopa alvacente que eles mastigavam depois, como se faz quando se chupa cana.

O gosto não é tão doce, mas o sumo é muito fresco e abundante. Disseram-me que às vezes é muito mais doce, conforme o estado de madureza da palmeira.

Não pude continuar chupando por muito tempo. Os meus queixos, cansados, abandonaram a lida.

Durante todo aquele tempo perdido, o sol proseguira na sua carreira e achava-se muito baixo quando tornamos a montar a cavalo.

Eu percebi logo que estaríamos na obrigação de dormir no campo. Com efeito, nem andamos uma meia légua - 3 km - e paramos; esta vez para o pouso.

Fiz a minha cama no chão e armei o mosquiteiro. Os índios, como eu, fizeram as suas camas perto da minha.

Numa pequena lagoa próxima do nosso pouso, um dos bugres foi encher a chaleira e a pôs no fogo.

Logo que a água começou a ferver, meus companheiros tomaram mate, sentados à roda do fogo.

O Capitãozinho, quando chegava minha vez, passava-me a água.

Entre silos conversaram muito pouco e, por fim, calaram-se completamente.

Supus que todos tinham pegado no sono.

Quando muito de madrugada me acordei e abri os olhos, virando-me do lado da fogueirinha, dois bugres estavam ali sentados muito perto.

Tinham atiçado o fogo e já a chaleira deixava escapar o seu vapor anunciando que o seu conteúdo estava pronto.

Prepararam então o mate chimarrão.

O recipiente que servia a este fim era feito de um chifre de boi.