pôr em causa os Guaicurus, aqueles acusavam os índios para impedir que qualquer suspeita recaísse sobre eles.
No entanto, na época em que percorri essa região, o governo do estado já tomava providências para assegurar a todos os índios do sul do território de Mato Grosso, onde estavam em contato com a população, a posse de glebas especialmente destinadas e reservadas às diferentes tribos esparsas que viviam entremeadas nas propriedades particulares.
Pouco tempo após minha passagem na zona ocupada pelos Guaicurus, foi oficialmente decretado que todo o território compreendido entre o rio Aquidauana, ao sul, o rio Paraguai, a oeste, os rios Nabileque e Niutaque, a norte e nordeste, e a serra Bodoquena, a leste, seriam dali por diante reservados à tribo dos Guaicurus, ou Cadiuéus, como muitas vezes se intitulam.
Nestes limites - veja-se o mapa - entravam, como se vê, o retiro São João e a fazendinha Santo Antônio do Nabileque, cujos terrenos não tinham sido ainda concedidos, a título de compra ao Governo, pelo seu ocupante, em consequência da oposição sistemática e intransigente exercida desde alguns anos atrás sobre as autoridades do estado pelo Português do Barranco Branco.
Foi a política que interveio na mudança de tratamento que se havia verificado tão favoravelmente aos índios.
Desde 1896 e daquela época em diante, o sul de Mato Grosso havia experimentado as consequências desastrosas de revoluções de caráter crônico, devido as dissensões existentes entre os partidos políticos e sabidamente