Em lugar de três horas, como me havia anunciado o Capitãozinho, gastamos cinco.
E foi pelas duas horas da tarde que chegamos à aldeia.
A duzentos ou trezentos metros antes de chegar, fiquei admirado, além de surpreendido, por ver todos os meus companheiros descarregarem nos ares as suas armas de fogo.
Não tive tempo no momento de perguntar qual era o motivo.
Íamos contornar um matozinho, quando quatro ou cinco minutos depois, ouvi uma grande vozearia e gritos aos quais meus companheiros respondiam.
Logo, de repente, apareceram correndo ao nosso encontro sete ou oito mulheres lançando gritos que tinham aparência de alegria nas suas feições risonhas.
Aproximando-se dos cavaleiros que haviam parado, elas pegaram, umas nos fuzis que levaram bravamente e militarmente nas costas, outras nos pedaços das palmeiras e sacos ou malas de viagens, e caminhando diante de nós elas iam cantando.
Fizemos assim nossa entrada triunfal na aldeia.
Quanto a mim, tive de aguentar todos os olhares do outro sexo que me mirava com mais surpresa que curiosidade, sem que, contudo sua timidez se sentisse aumentada e suas maneiras, devido aos costumes da tribo, fossem modificadas ou alteradas em nada.
Todas elas procediam como se não houvesse olhos estrangeiros para vê-las.
Esta recepção feita, à volta dos seus homens, não tinha por certo nada de afetado, de calculado ou de premeditado; era tudo quanto havia de mais natural, no cumprimento de uma espécie de dever que não lhes era imposto por uma disciplina tirânica de submissão, mas somente pela afeição que sentiam para com seus maridos